sábado, 9 de outubro de 2010

Não pensar em nada é fundamental para a memória

Você entra num ônibus ou no metrô e logo liga o Ipod para ouvir música, ou saca um livro ou o jornal do dia, para leitura. Chega ao trabalho e, diante do computador, faz malabarismos entre três telas, enquanto fala ao telefone. Vai para a academia e, enquanto pedala, checa emails ou mensagens de chamadas perdidas no celular. Cada vez mais comum na vida moderna, realizar tarefas simultâneas (multitarefas), segundo cientistas da Universidade de Califórnia, em São Francisco (EUA), podem prejudicar o desempenho cerebral. A tecnologia traz diversão, afasta o tédio e faz você ter a sensação que está “ganhando tempo”, mas o estudo aponta que quando as pessoas mantém seus cérebros ocupados sem interrupção, estão deixando de lado um tempo ocioso que poderia ser usado para melhor aprender, lembrar, reter informações ou, simplesmente, ter novas ideias. “O tempo ocioso permite ao cérebro revisar a experiência, solidificá-la e transformá-la em memórias de longo prazo. O cérebro constantemente estimulado impede este processo de aprendizagem”, atesta o professor assistente do Departamento de Fisiologia da universidade, Loren Frank, que participa da equipe que chegou a essas conclusões ao fazer estudos com a capacidade de aprendizagem de ratos. Já na universidade de Michigan, também nos EUA, estudo revelou que pessoas aprendem melhor se, depois de uma aula, sairem para caminhar num bosque ao invés de andarem num ambiente urbano agitado. Realizar tarefas simultâneas, segundo as duas frentes de pesquisa, pode forçar a mente e levá-la à fadiga e falta de memória. (Fonte, O Globo, agosto/2010)

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